Quero embarcar em uma missão sem fim
Como voar com asas de cera, não permanecerei sobre as nuvens
A realidade me chamará ao chão
Chão de amargura, dor e sofismas
Não adianta fugir, a vida é mais forte
O sofrimento é essencial para adubarmos a terra com nossas lágrimas

Quero embarcar em uma missão sem fim
Chegar ao fim do dia e dizer que foi perfeito
A quem eu enganarei?
Tenho de aceitar a realidade, mas a minha alma luta contradizendo-me

Quero embarcar em uma missão sem fim
Cada vez fico mais fraco, mas outro lado meu fica mais forte
Será a misericórdia do Criador?
Não, é a minha vontade brotando, sugando a coragem do coração cego

Quero embarcar em uma missão sem fim
Esquecer pessoas que eu não deveria ter conhecido
Esquecer noites que eu não deveria estar acordado
Esquecer lugares que eu não deveria estar presente

Quero embarcar em uma missão sem fim
Quero encontrar momentos de felicidade
Momentos de tranqüilidade, momentos de êxtase
Pode demorar mil anos, mas...
Quero embarcar nessa missão sem fim.


(Jerffeson Cunha)


Estou começando a me cansar dessa sociedade machista e que forma perspectivas alienadas e distorcidas de como as coisas realmente são. Não aguento mais ter que ouvir a frase mais dita pelas mulheres em todo o mundo e em diversos idiomas. As pessoas tem que evoluir e levar consigo sua cultura e seus hábitos. Nada pode ser tachado a tudo e a todos... Para tudo existe(m) sua(s) exceção(ões).
O machismo que ainda perdura por geraçoes não é fruto apenas de homens que acreditam bastar ter "o membro" para serem homens, mas também de mulheres que mantêm uma cultura de submissão e de passividade generalizando através desse tipo de expressão errônea uma situação que não é a absoluta realidade e que só serve para desvalorizar os que buscam, num mundo de tanta perversidade e promiscuidade, agir de forma correta. Desde sempre a luta feminina se formou de uma maneira sólida em busca da igualdade entre os sexos, mas isso inclui saber que, como as mulheres, os homens também são diferentes entre si. A busca pelo homem perfeito leva a falsa ilusão de que exista algum ser humano perfeito, o que trás consequentemente decepção e, mais uma vez nos deparamos com essa famosa frase de indignação feminina. Lembremos sempre que não se trata de homens e mulheres, mas sim de seres humanos com suas fraquezas, defeitos e falhas e que em cada mente há um mundo repleto de idéias e valores totalmente diferentes, que resultam em atitudes e virtudes independentes do sexo. Sejamos contra o machismo e a favor do devido reconhecimento dos que merecem, seja qual for sua quantidade, respeito e confiança.
Enquanto houver a pureza do amor e a beleza da delicadeza sempre haverá Don Juan's.

Um abraço...

F.




Olá caros leitores! Hoje eu irei exprimir um pensamento meu acerca de um tema pungente: o comportamento dos seres humanos antes e depois do fim de uma relação. Peço desculpas antecipadas pelo post. Ele será longo, e tenho certeza que muita gente não irá até o final pela preguiça de ler todo o conteúdo, porém eu vejo pelo lado que este post pode ajudar bastante a evitar fins de relacionamentos ou inícios indesejados de outros.

Este post vai ser duplo, e sua continuação será postada no nosso outro Blog, o "Sexo e Literatura na Madrugada", pois ela irá fugir um pouco o nosso tema de reflexão, não deixem de conferir a continuação lá!

Como todo maldito post meu, e como de costume, saliento minuciosamente que a maioria do conteúdo deste Blog é relativo. Aproveitando o embalo e logo mostrando que é lógico que o comportamento irá variar dependendo de quem acabou o namoro, se foi o homem ou a mulher, o tempo que conviveram juntos, o modo que acabou, etc.

A primeira parte do post abrange as situações pré-apocalípticas de fins de relacionamentos. Sem mais delongas, vamos começar com o conteúdo do post:

Fulano e fulana. Um casal exemplar, digno, lindos de serem apreciados com os olhos. Mas de repente, uma briga acontece e eles estão por um fio.

- Brigas são normais em qualquer bendito relacionamento. Dependendo da magnitude da briga, irão surgir as conseqüências. Existem casais que brigam por coisas tão bestas, de uma simples discussão ao vivo ou pelo MSN, que se propaga com rapidez simplesmente por orgulho de uma das partes (se for duas, mais chato ainda :x). Cuidado casais, com estas 2 palavras:

"Orgulho" e "Raiva".

Você ou seu parceiro(a), por motivos egoístas de orgulho, começam a se demonstrar superiores ou insistirem aonde não deve ser insistido: você está errado(a) e não admite. O orgulho transformará qualquer sentimento desprezível em um ódio progressivo e devastador. Cuidado com seu orgulho, pois você poderá não sair tão orgulhoso(a) depois de terminar/sofrer o fim de um relacionamento. Já a raiva é conseqüência de alguma besteira muito grande que você/seu parceiro(a) fez. Lembrando que existe uma palavra mágica que pode anular os efeitos do orgulho e da raiva quando usava na hora certa: "Desculpa"

Portanto muito cuidado com as conseqüências do que você pode fazer, e lembrando que as raivinhas da vida vão acumulando até o ponto de extrapolar a cabeça de qualquer um.

Muito bem, superaram a primeira fase. Mas digamos que você está com sua afeição a todo vapor na relação, está feliz da vida, achando um benefício este seu relacionamento, e subitamente, você sente aquela aura negativa e percebe que seu parceiro(a) não está feliz como deveria estar. Você sente aquele frio na espinha e acha que tudo indica que a situação irá se agravar.

- Está aí de onde surge um dos erros da futura vítima do fim de namoro: deixar-se desesperar pela situação pavorosa. Nunca deixe o desespero te consumir, pois você irá focalizar seu pensamento em idéias negativas que tentarão fazer o melhor que puderem para te prejudicar discretamente, sem que nem você mesmo perceba. Mantenha o controle, confie na sua auto-estima de que tudo irá dar certo: corra logo para a raiz do problema e converse com o futuro assassino (ou não) do seu relacionamento. Ficar calado(a) e fingir que nada está acontecendo é o fim prolongado. Por outro lado, não exagere também em perguntas contínuas se há algum problema, não há nenhuma pessoa no mundo que não agüente.

Usar perguntas como “Está tudo bem? Há algo de errado com você? O que aconteceu? Pq você está desse jeito” excessivamente produz uma certa raiva e antecipa o fim. Saiba a hora certa de usar estas palavras. Você saberá a hora certa, pq ninguém conhece seu parceiro(a) melhor que você. Vale salientar que todos os casais, sem exceção, irão passar por essas fases. Além disso, estas fases vão e voltam várias vezes com o passar do relacionamento, além de não existirem homens/mulheres perfeitas ao ponto de nunca passarem por isto.

Depois de um certo tempo de relacionamento, vem (ou não) aquela pergunta na cabeça: sexo é importante? Depende da situação. Por exemplo, se os dois forem virgens, não há problema algum, pois ambos são inexperientes no assunto e terão uma grande timidez, que com o decorrer do tempo irá sumir. Agora se por um lado, a mulher for virgem e o homem não.. eu admito, nós homens pensamos muito em sexo, e sexo é algo extremamente importante em qualquer relacionamento quando você (homem) já não é mais virgem. As mulheres tem um grande controle na sua vida sexual, porém, nós homens, meros mortais.. :x

É extremamente difícil para um homem que já teve uma vida sexual se controlar, por isso surge o velho homem que não sabe se controlar e poderá até trair sua amada por abstinência sexual. Não estou falando que todo homem irá trair, mas existem aqueles que preferem acabar um relacionamento sem sexo do que trair (eu, por exemplo :x) e também outros que irão se conter se realmente amarem sua garota. Sexo é extremamente importante em um relacionamento, principalmente para os homens. Se no caso a mulher não for virgem, eu não tenho tanta lucidez no que vou falar, se bem que não sou uma mulher.. mas acho que a mulher iria pensar: "Mwuahahaha, vou tirar o cabaço dele!", com uma risada diabólica estampada na cara. Mulheres tem um auto-controle imensurável comparado ao dos homens, é assustador para nós esse auto-controle, acho que elas deveriam ser mais liberais. :p

Parabéns! Vocês superaram todas essas dificuldades. Porém depois de um tempo, vem algo diferente de tudo o que você passou durante o relacionamento, você enjoa da pessoa e começa a achar que não a ama de verdade, que tudo foi uma simples paixão e decide acabar o relacionamento por isso.

- Está aí outro erro. Admito que às vezes isto realmente ocorre e não tem jeito de fugir deste temível pensamento, pois é a pura verdade. Mas segundo pesquisas realizadas pela UFAARTF (Universidade Federal de Arrependidos Anônimos e o Resto Tanto Faz), a maioria dos fins de relacionamentos ocorrem por sentimentos análogos do assassino do relacionamento, e não da vítima. Pensem muito bem antes de acabarem um relacionamento, assassinos, pois se vocês seguirem estes mesmos movimentos a vida toda, nunca vocês irão se casar. É impossível você conviver com uma pessoa e uma hora não enjoar dela. Aí vocês olham para o seu passado, a doce nostalgia, e começam a ter pensamentos como: “Se eu tivesse continuando com fulano(a) teria sido bem melhor.. como eu fui burro(a), fulano era melhor que esta peste de agora.., etc”.

Acabaram? Que pena. Vocês começam a se afastar um do outro, não querem mais conversa, pois é muito doloroso falar com a pessoa que amava (ou ainda ama) e sem querê-la de volta por uma simples fase de enjoo que muitos casais passam. Depois que essa fase passa e vocês se acostumam com a ausência do outro, vocês assassinaram todo o amor que tinham. “Mas se fosse amor de verdade, voltaríamos depois de um tempo..”

Errado. Não confunda amor de contos de fadas, que trazem amores bonitinhos que toda garota chora depois de ler algum livro fictício até, eles tentam te iludir. O amor real está em uma realidade muito distante destas, a vida é cruel caros leitores, não se iludam. Por mais que você ame uma pessoa, o amor é tão frágil que você com o tempo pode esquecê-la ou simplesmente aprender a conviver sem ela ainda a amando. E continuam com suas vidas, pq sempre terão outros(as), não é? Mas será se o futuro relacionamento vai valer mais apena do que o passado.

Temos que entender que é normal enjoar de uma pessoa uma hora ou outra, e temos que aprender a conviver com este sentimento, pois mais cedo ou mais tarde ele passa.

E pra finalizar, existe também o motivo final que infelizmente você não pode fazer nada para salvar todo este amor: o sentimento de um ou de outro esfriou. É só isso. Não tem mais jeito. Acabou. Boa sorte. Não temos o que dizer, somente que não fomos bons o suficiente para chegar ao ponto de fazer com que este sentimento que a pessoa amada sentia por você ter esfriado e chegado ao ponto final. Mas não se preocupe, a segunda parte do post lá no "Sexo e Literatura na Madrugada" irá te animar um pouco caso isto tenha acontecido.

Enfim, por hoje é só, espero que eu tenha ajudado vocês a não vivenciarem um fim de relacionamento. Porém existem algumas pessoas que ficam felizes com o fim de relacionamentos e querem aproveitar a vida de solteiro(a). Garotas que pensam assim, nos procurem, pois os integrantes do Blog estão solteiros! \o/

Continuação: http://sexoeliteraturanamadrugada.blogspot.com/2009/09/situacoes-apocalipticas-parte-ii.html


"a."



Engraçado como todos os acontecimentos sócio-culturais de nossa vida influenciam em como vemos as coisas. Interessante que as mesmas coisas depois de certo tempo, de certas experiências passam a nos causar novas sensações, novas interpretações... Os mesmos filmes, quando vistos novamente, nos passam novas lições, novas concepções e novas idéias de como podemos mudar nossas vidas. Foi o que aconteceu comigo hoje. Gostaria de partilhar com vocês, admiráveis leitores, a minha fascinação diante de um filme de amor que assisti nesse domingo de tarde cinza, aqui embaixo de meus lençóis: Don Juan DeMarco. Em reflexão, me questionei sobre três coisas: 1°) o modo como vemos as coisas, 2°) o que para nós é normal e 3°) o quão difícil pode ser buscar o amor.

A respeito do primeiro questionamento, pensei em por que sempre vemos as experiências que não correspondem com o que esperávamos de forma tão negativa, por que ansiamos por um realismo tão forte a ponto de negativizar tudo que não ocorra de acordo com nossa vontade, esquecendo do emaranhando de fatos que puxam outros fatos e de como essas experiências podem se tornar coisas boas futuramente. Mesclando as perguntas devido a sua enorme proximidade, também comecei a pensar o porquê temos que nos limitar a essa via estritamente próxima do real que nos obriga a agir de acordo com as expectativas dos outros, dessa sociedade tão derrotista. Quando tentamos fugir disso, ter consciência da realidade porém de um ponto de vista diferente, de um novo ângulo, com novos valores e princípios somos tachados, excluídos, rejeitados, sofremos preconceitos e as vezes até enclausurados (como os ditos “loucos”, que as vezes de loucos não tem nada).

Impressionante como existe uma tentativa de uniformizar a sociedade para padrões que estejam sobre controle e que possam ser previsíveis e “entendéveis” por todos, mesmo que tenhamos consciência do universo subjetivo diferencial que afeta a todos nós. Como podemos falar de um relacionamento AMORoso, em que ambas as partes tem suas visões do que é o amor, e antes de respeitar a visão do outro, tendemos a querer apenas que nossa visão seja satisfeita, que o que PARA NÓS é amor seja efetivado, demonstrado, explicitado... Esquecendo que aquilo que queremos pode não ser amor para nosso companheiro(a). Somos seres diferentes com um universo de concepções diferentes, inclusive da concepção essencial de nossa alma, o amor. Acho que antes que falemos sobre mentiras de nosso parceiro, que ele não nos amava, ou fulano não amava cicrano, comecemos a pensar se o amor é para todos o que é para nós. Será que temos o direito de exigir de alguém isso? Será que temos obrigação de rejeitar nossa visão e nos entregar à do outro? É complicado. Duas metades da laranja? Antes uma metade de laranja e outra de limão, talvez o amor consista no respeito às diferenças e no avanço das metáforas agrícolas ;).


F.



Olá caros leitores! Gostaria de aproveitar este post para falar que eu não preciso ficar repetindo que cada ser humano tem seu próprio universo dentro de sua própria cabeça e sempre haverão discussões sobre diversos temas, pois cada um de nós possuímos pensamentos divergentes. Então, me deixem mostrar o mundo através de meus olhos para vocês.

Falarei hoje sobre uma verdade inconveniente que desde anos atrás observo cautelosamente sobre o assunto: vocês sabem sobre os significados da palavra “amor”?

Primeiramente vou falar sobre um tipo específico de amor, pois esta palavra possui diversas ramificações, como por exemplo: o amor no sentido “ágape”, visto na bíblia (esta forma de amar mostrado na bíblia é no sentido de CARIDADE, e não amar com o mesmo significado do amor “tradicional” que conhecemos, ou pelo menos achamos que conhecemos). Eu acho muito interessante/intrigante quando vejo diversas pessoas falando que o amor é algo sério, que é a melhor coisa que existe, que é imutável, porém as mesmas pessoas que falam isto começam a ter um relacionamento com fulano(a), começam a namorar e no mesmo dia do início do namoro, trocam depoimentos amorosos em sites de relacionamentos sociais como o “Orkut”, coisa mais linda do mundo de se ver e apreciar, falando que esta pessoa é sua vida, é sua alma gêmea, que sem ela não vive, que ama mais que tudo neste mundo, etc.

Pois bem, pouco tempo depois o que acontece? Acabam o namoro. Mas qual o motivo? “Não sei.. acho que é pq não gostava tanto desta pessoa..”. Vão se fuder. Por outro lado, digamos que você tenha um tido relacionamento que durou um bom tempo, e depois acabe. Uma hora ou outra, você é forçado a esquecer desta pessoa para prosseguir sua vida sem problemas, você terá de apagar tudo o que você sentia por ela, mesmo que tenha sido um amor “verdadeiro”. Enfim, vocês me entenderam, não é? Sabe qual o meu ponto de vista em amar alguém, pessoas iludidas? Vocês que ainda sonham com alma gêmea ou príncipe encantado, não se iludam mais. Amar alguém é simplesmente comodidade e convivência. Não falo isto pq estou frustrado por ter saído de algum relacionamento que não deu certo ou pq não amo minha futura ex-namorada (ou a atual), eu falo isto pq eu estou sendo REALISTA. Você aprende a amar alguém ao decorrer de certo tempo, graças à convivência e a comodidade, não se iluda ou ilude seu companheiro(a) com historinhas fictícias de amor que só existem em livros e contos. Por mais que você queira dizer, nunca irá amar alguém em tão pouco tempo de relacionamento, é impossível e isto não existe, é coisa de sua cabeça.

Eu sou do tipo de pessoa que acho que a palavra amor é muito forte, mesmo tendo danificado ela um pouco com uma verdade pura, nua, crua e realista e não saio falando isto para qualquer pessoa por aí.

Espero que vocês entendam e se puderem até pesquisem sobre o verdadeiro significado dela e seus diversos significados. Até mais, caros leitores, muito SUCEXO nos seus futuros/atuais relacionamentos!

a.



O coração, um dos órgãos mais valiosos, que basicamente tem a função de bombear sangue pelo nosso corpo. Mas analisando por uma visão não acadêmica, eis o membro que exala sentimentos, que nos avisa quando devemos sorrir e quando devemos chorar sobre a nossa cama pensando nos momentos mais marcantes que fizeram o nosso coração disparar... Disparo tal que arquiva a situação (o fato que vivemos) para visualizarmos futuramente. Fico em êxtase quando paro para contemplar a tamanha perfeição em memorizar esses momentos pelos quais queremos por vezes e se exprimem involuntariamente por outras, sentindo até a dor, aquele frio passando pelas entranhas, fazendo-o abaixar-se e dar o suspiro como forma de parar o “flashback”, de fato a realidade preexistente em tempos distintos.

O coração é uma ferramenta que vai muito aquém (além) da razão e do tempo, sentimos por vezes aquele mau pressentimento, uma angústia inquestionável sobre algo ou alguém que no momento, pela lógica nos faria feliz, em contra partida, nas eventualidades não muito boas, quando estamos no fundo do poço, que seria a catacumba do nosso ser, sentimos uma felicidade exalando de nosso coração, que suprimi qualquer raciocínio efetuado por um homem médio (o homem em sua normalidade e sã consciência).

Por que o coração não obedece a razão? Eu responderia... Qual seria a graça se você o controlasse?... A vida em mais um de seus mistérios e toques divinos, nos deu a oportunidade de termos um elemento “X” que não tem significados, não tendo uma cronologia analítica, em que a busca por sua verdade absoluta nunca terá fim e não chegarão a um veredicto digno. Até porque o sentimento de curiosidade também está atrelado ao coração.

As reações do coração sobre o mesmo “objeto ou ser” variam de pessoa para pessoa, mas ambas sentem algo, inibindo os termos: “certo e errado”, dispensando qualquer pseudo “domínio próprio” que achara ter ate o presente fato. O homem na sua sapiência tentou nomear o ápice sentimental, titulando-os de AMOR (significados: afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc... todos eles provocados pelo magnífico CORAÇÃO) e ÓDIO (significados: antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar. Todos exauridos pelo CORAÇÃO), em mais uma de suas buscas pela lógica do coração. É certo que ouvimos cotidianamente: “amor platônico” ou “amor inatingível” que nada mais é do que a vontade soberana do nosso ideal sobre o sentimento.

Viva conforme o que almeja, não queira debater contra o que você sente, não adiantará... Simplesmente sinta.


OBS.: Adentrei no que diz respeito à profunda literatura medieval, trago uma fusão de romantismo explicitando sentimentalismo com uma pequena dose de lirismo contemporâneo. Eu sei que não houve humor, mas espero esse sucinto texto traga um pouco de graça (benefício) pra os seus valorosos dias.

J


Gostaria de compartilhar com vocês mais algumas divagações solitárias que me entram pelos ouvidos como as águas de março que invadem o verão de Tom Jobim.
Confesso que não acho de bom tom generalizar, mas não pude deixar de notar as diferenças claramente observáveis em determinados aspectos entre homens e mulheres.

A sutileza das palavras, a tamanha delicadeza que chega a ser lida com um leve aroma de flores e uma inabalável carga emotiva que pode nos fazer rir e chorar, transcorrendo apenas algumas linhas de um curto texto... Sim, as mulheres são poetisas por essência.

Um tom mais rígido, exacerbado de razão e cheio de si, sentimentos que perpassam por nossa leitura assim como fortes ventos que saem direto de um coração afetuoso, embora maquiados pela acinzentada honra masculina... Os homens são sim, poetas por essência.

Cada qual à seu modo, mas ambos os gêneros possuem a capacidade de transpor em palavras o que sentem, seja de uma forma mais delicada ou de uma forma mais rígida, mas eles perpassam seus sentimentos sob a carga cultural e os super-egos sociais, por sinal de uma sociedade que nos limita a simples regras de gramática e de semântica para falar de sentimentos, uma sociedade que em sua maioria não sabe ver além das palavras, e acha que os poetas são poetas por que escrevem... Não, os poetas não são poetas por que escrevem, os poetas são poetas porque sentem! Mais que isso, são poetas porque conseguem fazer com que os dispostos a sentir as entrelinhas de seus símbolos gramático-semânticos possam compreender a amplitude de seus pensamentos e emoções... Emoções humanas e, por conseguinte partilhadas por muitos outros poetas e poetisas tão emudecidos.

Quem sabe os homens e as mulheres não escrevam de forma tão diferente, mas nós que ainda não aprendemos a olhar as entrelinhas de toda a carga de vida daquele (a) poeta/poetisa, daquele ser que se faz vivo e faz-se vida, seja vivendo, seja escrevendo, mas de toda forma contribuindo para um mundo com menos palavras e mais sentimentos perdidos nas entrelinhas.

“F.”




Caros amigos... através destas duas cartas, venho trazer-lhes duas noticias sobre meu estado atual corpo/espírito.

Carta I - Má noticia.
João Pessoa, 03 de agosto de 2009.

Este é meu fim. Isto não é uma carta de suicídio. Assassinaram-me. Hoje, bombas atômicas caíram sobre mim, meteoros atingiram meu peito, tsunamis inundaram meu ser e eu pude sentir o sal entrando em meus pulmões. Vi o chão se abrir bem em baixo dos meus pés e eu simplesmente cai. Cai em um abismo tão profundo que a única coisa que fiz foi esperar meu julgamento. Na certa, o inferno estaria melhor e eu torci para ser julgado logo. Pessoas que eu amo foram retiradas de mim e tudo que fazia sentido simplesmente se foi. Este é meu fim. EU ESTOU MORTO!

Carta II - Boa Notícia
João Pessoa, 02 de setembro de 2009.

Aquele não foi meu fim. Aquilo não foi um assassinato. Me atentaram. Depois de tantas bombas atômicas você acaba ficando imune a radiação, graças a vocês meus amigos, ganhei um colete a-prova-de-tudo e os meteoros não me fizeram nenhum arranhão. Depois de um tempo você descobre que ondas gigantes podem até ser divertidas e o sal em meus pulmões hoje já não passa de adrenalina. Graças as asas que vocês me deram e braços que me puxaram para cima, não cai no buraco e o abismo se fechou e ficou para trás. O inferno não é mais necessário e eu ainda não fui julgado por "pessoas dignas". Disso aprendi que posso amar outras pessoas e se elas forem dignas do meu amor, como vocês por exemplo. Devo tudo isso a vocês. Este não é meu fim. EU ESTOU VIVO.

"T"



Tentar definir a si mesmo é uma pergunta egoísta que volta nossos olhares apenas para nossos próprios umbigos e que não tem utilidade nenhuma ao ser respondida. Quem sou eu? Um nome? Matéria? Alma? Talvez a pergunta não seja quem sou eu, mas sim: Porque estou aqui, porque eu existo?

Somos porque precisamos ser. Uma das coisas que sabemos com certeza em nossas vidas é que existimos, estamos aqui... Penso, logo existo! Então definições de quem somos realmente não são importantes, o que importa não é “quem sou”, mas sim, se existo, o que faço durante a minha existência, as atitudes que eu tomo que refletirão na minha vida e na de outras pessoas, de outras existências, afinal o ser humano é um ser social, e todas as nossas atitudes acarretam conseqüências sócio-históricas.

Não tenho o controle de tudo que me acontece e nem tenho conhecimento do motivo pelo qual estou aqui, porém, sei que estou e que logo não estarei, portanto, sabemos de certo que temos um tempo limitado, não se sabe quanto, mas a morte é outra certeza. Então sei que existo, que minhas ações trarão conseqüências (não só para mim, mas para outras existências) e que tenho tempo para decidir e tomar atitudes e decisões que moldarão o percurso da minha vida e possivelmente até de outras pessoas antes de minha hora chegar.

Portanto, ao invés de perder tempo tentando definir algo complexo e ao qual temos enormes limitações para refletir, ao invés de tentar se descrever ou usar artifícios narcisistas que valorizem nosso ego ou demonstrem realidades ilusórias que escondem nossas fraquezas e vaidades, seria melhor que nos concentrássemos no que estamos fazendo com nossas vidas, a parte concreta dela, como estamos vivendo nossas existências, como estamos influenciando as vidas dos que nos rodeiam e em como estará nossa consciência quando a “indesejada da gente” chegar.

Que não edifiquemos apenas obras, mas pensamentos e atitudes, que construirão grandes monumentos, não físicos, mas morais. Que nós não apenas passemos por nossas existências, mas que as vivamos e aproveitemos e, acima de tudo, que deixemos marcas inesquecíveis na história e no coração de inúmeras outras vidas que passaram, passam ou passarão por aqui...

Quem sou eu? Rs rs rs...
Eu sou apenas um rapaz latino americano..."

"F"

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Phronesis

Segundo Aristóteles, a phronesis é a sabedoria prática. Um esforço de reflexão, uma ciência que não se limita ao conhecimento, dado que pretende melhorar a acção do homem. Tem como objectivo descrever claramente os fenómenos da acção humana, principalmente pelo exame dialéctico das opiniões dos homens sobre esses fenómenos e não apenas descobrir os princípios imutáveis da acção humana e as causas. Isto é, considera que, a partir da opinião (doxa) é possível atingir o conhecimento (episteme).

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